A Cruise anunciou na última semana que a Walmart e alguns investidores particulares entraram na sua rodada de investimentos, aumentando a arrecadação para 2,75 bilhões de dólares.
Isso mostra o poder da indústria tecnológica e o potencial de crescimento que ela demonstra ter. Nesse artigo, veremos:
Fundada em 2013, a Cruise é uma empresa subsidiada pela General Motors. No dia 15 de março ela anunciou a compra da Voyage, startup de táxis robôs que já desenvolve e testa projetos de minivans autônomas em algumas comunidades dos Estados Unidos.
Em janeiro de 2020 a Cruise alcançou um grande feito na sua história: iniciou os testes de seus veículos autônomos em San Francisco.
Para o CEO da Cruise, Dan Ammann, esse acontecimento marcou uma virada de chave para a indústria dos carros autônomos, fazendo-a sair do campo das pesquisas para começar a entrar no mundo real.
No último dia 15 de abril, a Cruise anunciou que conseguiu levantar cerca de 2,75 bilhões de dólares em uma nova rodada de investimentos, onde recebeu aportes da Walmart e outras empresas.
Com a rodada de investimento, o valor de mercado da Cruise agora ultrapassa os 30 bilhões de dólares. Segundo representantes da empresa, eles estão focados agora na comercialização dos seus produtos, mas esses investimentos são um bom indicativo do potencial do mercado em que estão inseridos.
A “amizade” da Cruise com a Walmart não é nova. Em novembro de 2020, a multinacional de lojas de departamentos anunciou sua parceria com a subsidiária da GM para realizar entregas em Scottsdale, Arizona.
Segundo a Walmart, essa parceria estava de acordo com a sua agenda de zerar a sua emissão de carbono até 2040, pois a Cruise é uma empresa com carros movidos 100% com energia renovável.
A Cruise está na frente de um outro projeto muito ambicioso: levar os táxis robôs para Dubai até 2023 e expandir a sua frota para 4 mil veículos até 2030.
O modelo de automóvel que a empresa irá implementar será o Origin, modelo que sequer possui pedais ou volante para que um humano possa dirigi-lo.
Dubai, por sua vez, almeja que 20% das viagens de táxi realizadas em seu território sejam em veículos autônomos até 2030, além de planejar projetos com empresas de veículos aéreos de mobilidade urbana, para que os passageiros também possam ser transportados em veículos voadores.
Em agosto de 2020, representantes da Voyage afirmaram que os Estados Unidos ainda não estavam preparados para todas as necessidades da comunidade idosa, que está em rápido crescimento no país.
Segundo a Allied Market Research, em 2019 as projeções do mercado de veículos autônomos eram sair de seus “modestos” 54,2 bilhões de dólares de valor de mercado no mesmo ano para quase 557 bilhões de dólares em 2026. Uma expectativa de crescimento de mais de 10 vezes em 7 anos.
Dentre os motivos para essa projeção de crescimento está o aumento na demanda por carros autônomos juntamente com a ascensão da Internet of Thing (IoT). Com a IoT, os carros poderão aumentar a sua performance por conta de informações altamente precisas recebidas da rede.
Além disso, há o desenvolvimento das chamadas “smart cities”. As smart cities são cidades cujo desenvolvimento está altamente atrelado ao uso de tecnologias e à IoT.
O crescimento de cidades preocupadas com seu desenvolvimento na área tecnológica faz delas o campo perfeito para o desenvolvimento dos carros autônomos, pois eles têm a premissa de minimizarem os congestionamentos nesse tipo de cidade.
Mas nem tudo são flores para o mercado de carros autônomos. No último dia 17 um Tesla Model S colidiu contra uma árvore no estado do Texas, nos Estados Unidos. O acidente acabou levando os dois passageiros do veículo à óbito.
Nenhuma das vítimas estava no banco do motorista e o carro estava utilizando a sua ferramenta de piloto automático, o que evidencia que provavelmente foi um erro causado pela inteligência artificial da Tesla.
O incêndio demorou quatro horas para ser controlado e consumiu mais de 30 mil galões de água para as chamas serem apagadas. Isso também gerou uma série de questionamentos sobre as baterias dos carros da Tesla.
Essa notícia certamente causará algum impacto na indústria de carros autônomos. Claramente esses veículos são o futuro da nossa sociedade, mas como saberemos que os algoritmos estão em sua melhor versão?
Bom, essa resposta ainda não temos como saber, mas essa infeliz tragédia mostra que ainda há um longo caminho a ser percorrido.
Grad. em Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Santa Maria. Participou do Movimento Empresa Júnior atuando em consultorias, gerenciamento de equipes e no setor de marketing pela ITEP Jr. Bolsista de iniciação científica na área de eficiência energética. Possui formação em Excel avançado, Gerenciamento de Projetos, Fundamentos de Scrum, Produção de conteúdo, Marketing de conteúdo, Copywriting e Revisão de conteúdo. Especialista na produção de conteúdo na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto.
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