Ao contrário do que parece, essa notícia não traz uma informação alarmante sobre a China, isso porque essa desaceleração já era sentida desde outubro do ano passado.
No entanto, vamos te explicar por meio deste artigo, o que impactou a queda do PMI industrial chinês nos últimos meses.
Você ainda não sabe o significado do PMI? Não se preocupe! Preparamos alguns tópicos em que aprenderemos esse conceito e muitos outros:
O PMI é o Índice de Gerentes de Compra, se traduzido do inglês para o português. No entanto, somente essa informação não nos ajuda a compreender o que seria ele.
Por isso, vamos te explicar de um modo prático esse conceito, ou seja, abordaremos o seu objetivo, que consiste em medir a atividade econômica do país, analisando as informações sobre alguns setores, inclusive o industrial.
Agora na pandemia, esse índice é de total importância, justamente porque a falta de matéria prima já impactou as fábricas, até mesmo, no Brasil, como é o caso da Volvo e esse é um dos fatores que pode levar a uma desaceleração.
Assim, ao realizar essa medição, o PMI ajuda vários profissionais na tomada de decisão, pois, ao analisar dados de mais de 40 países, sendo os principais China, Brasil e EUA, ele se torna um índice global e, consequentemente, confiável.
Desse modo, ele calcula os resultados das fábricas como um todo dentro de um único país.
Se elas estão aumentando a sua oferta por conta da demanda, além de lucrarem mais, o índice cresce. Se elas estão se encolhendo, a exemplo de várias na pandemia, o índice diminui.
Mas o que levou a essa diminuição no país chinês? É o que nós procuramos saber. Então, vamos ler o próximo tópico.
O que ocasionou a desaceleração do crescimento da atividade industrial chinesa foram o aumento dos custos e os gargalos de oferta. Esses dois fatores ocasionaram uma sobrecarga na produção, criando uma demanda represada.
Assim foi que o PMI industrial chines, em 2021, chegou a 51,1 em abril, após atingir 51,9 em março, enquanto que, em fevereiro chegou à mínima de 9 meses.
Desse modo, percebe-se como essa diminuição foi e é algo que já vem acontecendo no país, em muito por causa da pandemia de coronavírus.
Vale mencionar, que mesmo caindo, o PMI industrial chines ficou acima de 50, posição que distingue contração de crescimento. Porém, ainda está abaixo de 51,7, como apontado em previsões da Reuters.
Embora sejam valores significativos, em agosto de 2020, o crescimento lento da indústria já dava indícios do que viria a ser enfrentado nesse ano de 2021.
No entanto, no ano passado, o grande desempenho dos serviços chineses mascarou essa lentidão demonstrada por meio de um PMI industrial de 51 no mês citado acima (agosto).
Em relação a toda essa queda, o Zhao Qinghe, escritório nacional de estatística chinesa, afirmou em comunicado que:
“Algumas empresas consultadas informaram que problemas como escassez de chips, de logística internacional, escassez de contêineres e aumento das taxas de frete ainda são graves”
E essa pode ser a explicação chave para todo esse decréscimo, mas não para a perpetuação dele durante todos esses meses já que, com o motivo em mãos, é hora da indústria chinesa reagir.
Com a demanda industrial chinesa represada, ou seja, há quem comprar mas não há como produzir ou transportar por um aumento de custos ou gargalos na oferta, os demais países passam a ser impactados quanto ao fornecimento de produtos.
Por isso é que empresas como a Volkswagem, a Volvo e outras anunciaram que deixariam de produzir no Brasil, durante algum tempo, por falta de peças básicas para iniciar e finalizar a produção.
Nesse sentido, o fato da China ser um dos países que mais conseguiu manter suas indústrias funcionando na pandemia fez com que outros países criassem uma certa dependência dela.
Porém, esse excesso de dependência pode ter ocasionado uma sobrecarga no setor industrial, que já vinha sofrendo com os picos de energia e enchentes em algumas províncias.
Assim foi que a falta de estrutura adequada para atender as demandas de várias empresas ao redor do mundo, gerou um empecilho na China e consequentemente no Brasil.
Grad. em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Participou de projeto de extensão na área de cooperativismo. Atuou como estagiária no Tribunal Regional Eleitoral. Possui certificação em Marketing de Conteúdo, Produção de Conteúdo, Revisão de Conteúdo, Copywriting e Excel. Especialista na produção de conteúdo na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto
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