Provavelmente você já passou por alguma situação de estresse em sua vida que poderia ter evitado.
Ou então, gostaria de saber como ficar calmo em situações que você tem certeza que vai se estressar, não é mesmo?
Ficou curioso para saber como? Continue lendo esse artigo para descobrir:
Daniel Levitin é um neurocientista, reitor da Minerva Schools em San Francisco, escritor e músico. É bacharel em Psicologia Cognitiva e Ciências Cognitivas, doutor em Psicologia e pós-doutor em Neuroimagem e Psicologia Cognitiva.
Sua linha de pesquisa se concentra no processamento de padrões no cérebro.
É autor dos best-sellers “A música no seu cérebro”, “O mundo em seis canções”, “A mente organizada”, “Um guia de campo para mentiras” e “Envelhecimento com Sucesso”.
O TEDx “Como ficar calmo quando você sabe que vai se estressar” de Daniel Levin é um dos mais assistidos, com mais de 17 milhões de visualizações.
Nesse TEDx, Daniel explica como o cérebro se comporta em situações de estresse e ensina como ficar calmo nessas situações através de alguns mecanismos, mesmo sabendo que você pode se estressar.
Ficou curioso para saber como se comportar nessas situações? Continue lendo esse artigo que vou te contar!
Daniel aborda algumas maneiras, comprovadas pela ciência, que você pode aplicar para aprender como ficar calmo em situações que você sabe que vai se estressar.
Nessa conversa, ele compartilha as seguintes informações:
Daniel começa a palestra contando sobre uma experiência estressante que vivenciou.
Certa noite, ele estava visitando um amigo e ao chegar em casa, já tarde da noite, percebeu que não estava com as suas chaves. Era uma noite fria e os termômetros marcavam 40 graus negativos.
Ele contornou a casa na tentativa de que alguma porta ou janela estivesse aberta, mas não estavam. Outra alternativa que passou pela sua cabeça foi ligar para um chaveiro, mas por conta do horário e do tempo não era uma boa ideia.
Além disso, não poderia voltar para a casa de seu amigo, porque no outro dia bem cedo tinha um voo para a Europa. A única coisa que conseguiu pensar foi em invadir sua própria casa.
Por isso, pegou uma pedra e atirou contra a janela do sótão para entrar em casa.
Dormiu um pouco e foi para o aeroporto na manhã seguinte. Chegando lá, percebeu que havia esquecido o passaporte em casa. Então, voltou rapidamente para casa, pegou o passaporte e retornou ao aeroporto.
Conseguiu chegar a tempo de voo, mas já tinham cedido o seu lugar para outra pessoa. O único assento que sobrou para ele foi ao lado do banheiro em uma poltrona não reclinável, o que não era muito confortável em um voo de 8 horas.
Com essa experiência, Daniel explica o funcionamento do cérebro e como ele se comporta em situações estressantes.
Sob estresse, o cérebro libera cortisol, que eleva os batimentos cardíacos, modula os níveis de adrenalina e escurece o pensamento, fazendo com que vários sistemas do nosso corpo se fechem.
Essa é uma resposta automática do organismo para que tenhamos uma reação rápida em situações de risco ou perigo.
Uma das coisas que são comprometidas em situações de estresse é o nosso raciocínio lógico e racional, prejudicando nossa capacidade cognitiva.
Isso explica o porquê de esquecermos as coisas com mais facilidade e ficarmos ainda mais irritados em situações estressantes, como na experiência vivida por Daniel.
Mas como ficar calmo sob circunstâncias que nos causam estresse? Daniel explica um conceito muito importante para descobrirmos isso, o chamado pré-mortem.
Pré-mortem é definido como um mecanismo utilizado para evitar que as coisas fracassem. Consiste em pensar nos motivos que podem levar um projeto, ou até mesmo uma situação corriqueira, a dar errado.
Em seguida, deve-se pensar em formas de evitar que esses problemas listados aconteçam, ou pelo menos minimizar os danos caso eles ocorram.
O pré-mortem é o princípio mais importante para saber como ficar calmo em situações de estresse.
Daniel destaca uma atitude simples que você pode desenvolver, que é baseada no pré-mortem: Determinar um lugar em sua casa para as coisas que você pode perder facilmente.
Um exemplo disso é escolher sempre o mesmo lugar para deixar suas chaves. Dessa forma, ficará muito mais difícil de você perdê-las ou esquecê-las. Essa atitude simples poderia ter evitado o estresse vivenciado por Daniel no exemplo citado.
Mas você pode se perguntar: Isso é somente um senso comum ou realmente existe comprovação científica para isso?
Os dois! Continue lendo esse artigo que vou te explicar!
Daniel destaca que a organização pode funcionar como um importante mecanismo preventivo de situações estressantes. Ela é uma das soluções para saber como ficar calmo.
Nosso cérebro possui uma estrutura chamada hipocampo, responsável por nos fazer lembrar a localização espacial das coisas. Ele é muito preciso para lembrar de coisas que estão sempre no mesmo lugar, mas nem tanto para as outras coisas.
Um exemplo disso é que você provavelmente não perde a escova de dentes, mas sempre se esquece onde colocou os óculos. Percebeu a importância de deixar as coisas sempre no mesmo lugar?
É importante destacar que cada indivíduo é diferente, e por isso, possui diferentes formas de se organizar. O que você deve fazer é combinar a sua forma de organização de acordo com a sua personalidade.
Porém, existem atitudes de organização que podem ser facilmente implementadas na rotina de qualquer pessoa, como o exemplo de deixar as chaves sempre no mesmo lugar.
Um exemplo que pode ser aplicado por quem sempre viaja a trabalho é levar alguns itens necessários para realizar suas atividades, como bloco de notas, pendrives, ou conectores de internet para o caso de precisar ficar mais tempo que o esperado em aeroportos ou hotéis.
“Uma organização eficaz é aquela que toma iniciativas para administrar seu próprio futuro em vez de permitir que forças externas — humanas, ambientais ou outras — o ditem.” (Daniel Levitin, A mente organizada, p. 344)
O insight de destaque dessa palestra é que a organização é uma arma muito poderosa para descobrir como ficar calmo em situações de estresse.
Através dela, podemos evitar que essas situações aconteçam, ou minimizar o risco caso não seja possível evitar que elas ocorram.
Daniel finaliza dizendo que:
“Acredito que o ponto importante é reconhecer que somos falíveis. Todos vamos falhar eventualmente. A ideia é pensar antes o que podem ser essas falhas, para criar sistemas que ajudarão a minimizar o dano, ou prevenir, antes de tudo, que coisas ruins aconteçam.”
Gostou desse assunto e quer assistir ao TEDx na íntegra?
Grad. em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Atuou como Gerente de Projetos e Conselheira Fiscal na empresa júnior Edifica Consultoria. Trabalhou como estagiária no Laboratório de Mecânica das Rochas da UFV. Foi bolsista de Iniciação Científica do CNPq na área de Mecânica das Rochas. Atuou como monitora da disciplina de "Fundamentos das estruturas" e atua como monitora da disciplina de “Teoria das estruturas I" da UFV. Possui certificação em Produção de conteúdo, Marketing de conteúdo, Copywriting e Revisão de conteúdo. Especialista na produção de conteúdo na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto.
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