O agronegócio é um dos setores mais expressivos da economia brasileira. Ele corresponde a 21,4% do PIB, isto é, quase 1,55 trilhões de reais. Esse mercado possibilita a criação de vários tipos de empresas, que oferecem suporte aos processos produtivos. Assim, temos o surgimento do agrotech.
Para esclarecer os principais conceitos desses temas, organizamos os seguintes tópicos para você:
Quer saber mais sobre essas startupsque têm gerado resultados satisfatórios no agronegócio? Ensinaremos a você. Para isso, continue lendo este artigo.
Agrotech é a chamada transformação digital no agronegócio. Assim, as agrotechs são empresas do setor tecnológico que oferecem soluções para o agronegócio. Nesse intuito, começaram a surgir diversas empresas jovens, ou startups, para auxiliarem no processo produtivo agrícola. Elas apresentam ideias criativas, tecnológicas e inovadoras.
São as chamadas startups agrotechs, uma área voltada especificamente para as atividades do agronegócio, o setor da economia corresponde à atividades agrícolas ou pecuárias.
Por produzir insumos essenciais (como matérias-primas e alimentos), é uma área que possui muito mercado, já que o Brasil é o 3º maior exportador agrícola do mundo.
Assim, atuam oferecendo serviços ou produtos que buscam otimizar diversas atividades e etapas da produção. Isso é feito com a automação dos procedimentos de plantio e colheita, por meio da implementação de sistemas, como a agricultura de precisão.
O objetivo das agrotechs é otimizar os processos agrícolas e pecuários, resultando em um aumento de produtividade e redução de desperdícios.
Elas fazem isso utilizando tecnologia de ponta, para obter a posição exata dos pontos em que são desenvolvidas atividades dentro de uma propriedade agrícola.
A partir disso, correlaciona-se essa posição geográfica com eventos técnicos, como análise de solo, adubação, semeadura e colheita.
Assim, é possível gerenciar essas atividades de maneira mais técnica e eficiente, obtendo melhores resultados.
Algumas das principais atividades que as agrotechs executam são:
Desenvolvimento de tecnologias para a melhoria da utilização de matéria-prima, aumentando a eficiência dos processamentos ao produto final.
O agrotech pode originar novos alimentos, fármacos e técnicas de cuidado para melhorar o crescimento, desenvolvimento e o sistema fisiológico dos animais.
No agrotech se realizam pesquisas de novos métodos para análise laboratorial de índices de desenvolvimento de animais, plantas, utilização de nutrientes, composição do solo, etc.
Também atuam pesquisando formas de melhorar a genética de plantas, além de desenvolver tecnologia para a produção de substâncias biológicas e suas novas utilizações.
Desenvolvem métodos alternativos de combate a pragas e doenças, substituindo agentes químicos e biológicos tradicionais por novos produtos menos danosos e mais eficientes.
A criação e desenvolvimento de novos fertilizantes e nutrientes, para melhorar o crescimento e resistência de plantas, já é uma das atividades mais populares do agrotech.
Há startups no agrotech que oferecem análises técnicas ou financeiras para os empreendedoresdo setor do agronegócio, ajudando a identificar pontos para torná-los mais eficientes e competitivos.
Podem atuar desenvolvendo softwares de monitoramento em tempo real de agricultura ou pecuária, identificando problemas existentes ou apontando probabilidades.
Esse monitoramento pode ser facilitado com a ideação de equipamentos e máquinas revolucionárias em termos de tecnologia ou utilização, além de trabalhar com internet das coisas, ou seja, utilizam aparelhos e sensores capazes de se comunicarem entre si.
Foi revelado que, estatisticamente, em 2050, a Terra estará povoada com 10 bilhões de pessoas. Em contrapartida, apenas 40% do solo estará disponível para cultivo. O que isso significa?
Levando em consideração que atualmente 70% da água doce acessível, aproximadamente, é utilizada na agricultura, é impossível não se perguntar como produziremos tão mais com menos recursos. Pode-se destacar este como o maior problema do século XXI.
E a maior oportunidade está na aposta de um desenvolvimento também ainda muito atual: a tecnologia. Aquele lugar distante e monótono de cenário para as fazendas são propostas do passado. Num levantamento de mais de 300 startups, 184 sustentavam iniciativas de fomento ao ecossistema, ou seja, agrotech.
Hoje essas empresas já somam cerca de 300 organizações brasileiras, que investem em média 100 milhões de reais anualmente. Enquanto o agronegócio ainda for motor da economia nacional, crescer suas possibilidades de se manter a partir de uma agricultura preditiva só resulta em ganhos.
Confira exemplos vivos desses dados a seguir.
Em nosso país, temos cerca de 300 empresas nessa área. Agora que já vimos o que é agrotech, o que fazem e como funcionam, vamos apresentar 5 exemplos nacionais de sucesso:
A Agrosmart é a principal plataforma de agricultura digital da América Latina. Essa startup trabalha com a ideia de "cultivo inteligente".
Nesse sentido, monitora as fazendas em tempo real por meio de sensores no campo, que captam informações de mais de dez variáveis ambientais.
Assim, essa startup é capaz de realizar recomendações aos agricultores, visando a adaptação dos processos agrícolas.
Ela foi criada na cidade de Campinas (SP) e tem revolucionado o setor por meio da implementação de big data e inteligência artificial nas fazendas.
A Plataforma Verde disponibiliza um software que gerencia toda a cadeia produtiva e supply chain, utilizando inteligência artificial.
Dessa forma, monitora a extração da matéria-prima, faz a gestão de fornecedores, controla a produção, rastreia o transporte e o descarte de resíduos, ao evitar perdas produtivas.
A Agrofy é um marketplace, uma plataforma online de compra e venda de insumos agrícolas, que conta com centenas de itens.
Lá, são vendidos desde sementes e produtos químicos até tratores. É uma das principais empresas nacionais do agronegócio digital e busca digitalizar cada vez mais o setor.
Assim, tem recebido diversos aportes para expandir suas atividades. Um dos mais recentes e expressivos foi de 25 milhões de dólares, injetados por grandes empresas como Bunge e Syngenta.
A BovControl é uma das maiores agrotechs de pecuária do mundo. Ela automatiza a coleta de dados dos animais por meio de dispositivos de identificação, como chips e brincos.
Assim, o produtor pode acompanhar tudo em tempo real, melhorando a produção de insumos como leite, carne e reprodução genética.
Isso tudo é feito por meio de conexões entre os sensores e um celular ou tablet em que é possível observar os dados. Essas informações também são armazenadas na nuvem.
Fundada em 2013, a Strider é uma empresa que tem como missão utilizar a tecnologia para melhorar a gestão agrícola.
Ela oferece soluções para o plantio de soja, café, cana, algodão, entre outros produtos. Alguns de seus recursos são o monitoramento da plantação, controle digital de pragas e otimização da colheita.
Foi comprada pela Syngenta, que rebatizou o produto para Cropwise. Apesar disso, a proposta de solucionar os problemas do dia a dia do agricultor brasileiro se mantém.
Neste artigo, você aprendeu um pouco mais sobre o agrotech, como funcionam e quais são as melhores do país.
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Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.
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