Como o Brasil reduziu o nível de pobreza em 2020 e aumentou em 2021?
Quais fatores são responsáveis pelo aumento da pobreza no Brasil?
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Quais são os fatores determinantes para o aumento da pobreza no Brasil?

Compreenda o que levou milhões de pessoas a estarem em situação de pobreza no país e como ela vem aumentando ao longo dos anos.

Victória Gonçalves
Por: Victória Gonçalves
Quais são os fatores determinantes para o aumento da pobreza no Brasil?

Uma grande parcela da população passou a ocupar, depois de fevereiro de 2021, a linha da pobreza.

Um mercado de trabalho em crise econômica e a ameaça de fim do auxílio emergencial pode ter agravado essa situação, que será explicada a partir dos seguintes tópicos:

  • Como o Brasil reduziu o nível de pobreza em 2020 e aumentou em 2021? 
  • Quais fatores são responsáveis pelo aumento da pobreza no Brasil? 

Como o Brasil reduziu o nível de pobreza em 2020 e aumentou em 2021? 

Com a aprovação do auxílio emergencial no primeiro semestre do ano passado. Foi assim que o Brasil reduziu, até mesmo, a taxa de pobreza extrema.

Porém, com essa medida a situação de extrema pobreza não foi solucionada, mas contornada, tanto que o mesmo problema voltou a assolar a população brasileira no ano de 2021.

Isso tem muito a ver com os desafios que as pessoas pobres passaram a enfrentar, em maior proporção, após a pandemia, como a diminuição da renda média.

Sob esse viés, em fevereiro deste ano foram contabilizados 27 milhões de brasileiros vivendo na pobreza, o que há menos de um ano atrás, em agosto de 2020, somava 9,5 milhões.

Se nos propormos uma análise, mesmo que básica, percebemos que o valor do auxílio emergencial pago nas primeiras parcelas melhorou a condição de miséria de muitas pessoas e estabilizou a de outras.

Porém, com o passar dos meses, com a piora da pandemia e com a diminuição do valor da parcela no atual ano, a situação voltou a ser alarmante.

Quais fatores são responsáveis pelo aumento da pobreza no Brasil? 

O primeiro deles, com certeza, é o vírus da COVID-19, porém, não é o maior. Os mecanismos de proteção social, como o bolsa família, elaborados em diferentes épocas, estabilizaram a situação de milhares de pessoas.

Porém, como a estabilização não é sinônimo de melhoria, essa posição de saída ou entrada na condição de pobreza não se faz fixa e, sim, flutuante.

Podemos perceber isso na seguinte situação:

  • Junho de 2020- 6,9 milhões de pessoas em situação de pobreza;
  • Agosto de 2020- 9,5 milhões de pessoas em situação de pobreza;
  • Fevereiro de 2021- 27 milhões.

Mas por que esse número só aumentou, se em 2020 o país reduziu seu nível de pobreza extrema ao menor índice em 40 anos?

Porque quanto maior a quantia de dinheiro em circulação, maior a inflação, o que causa um reajuste no preço de diversos produtos e serviços, inclusive no setor alimentício.

Assim, se o auxílio emergencial diminuiu a condição de pobreza, também fez com que o índice de inflação aumentasse.

Essa informação pode ser comprovada pelo estudo do economista argentino Alberto Carvalho, professor da escola de negócios de Harvard, que mostra a variação na inflação gerada pela pandemia em 18 países. O Brasil é o primeiro nessa colocação, a partir dos dados gerados nesse estudo.

Nessa pesquisa, o economista comparou a inflação causada especificamente na pandemia entre países de todos os continentes,inclusive da América Latina.

Assim foi que o nosso país apresentou uma diferença de índice de Covid inflacionário em 0,88 ponto porcentual entre os índices computados no período de um ano.

Os demais países analisados foram o Uruguai (0,82); o Estados Unidos (0,82); a Coreia do Sul (0,89); o Chile (0,37); a França (0,33); a Colômbia (0,25); o Canadá (0,22); a Turquia (0,17); o Japão (0,15); a Espanha (0,09); o Reino Unido (0,08); Argentina (0,07); e mais cinco países que apresentaram índices negativos.

Segundo o professor de Harvard, as condições que favoreceram essa colocação para o Brasil foram as altas dos preços dos alimentos e a baixa nos preços dos transportes. Em entrevista à Folha de São Paulo, ele mencionou:

“ Como as pessoas estão consumindo mais comida ( com inflação) e menos transporte (com deflação), o índice de Covid ajustada tem mais inflação”

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Victória Gonçalves

Victória Gonçalves

Grad. em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Participou de projeto de extensão na área de cooperativismo. Atuou como estagiária no Tribunal Regional Eleitoral. Possui certificação em Marketing de Conteúdo, Produção de Conteúdo, Revisão de Conteúdo, Copywriting e Excel. Especialista na produção de conteúdo na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto

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