O que é o Efeito Hawthorne?
Como foi a Experiência de Hawthorne?
Quais são as conclusões da Experiência de Hawthorne?
Desenvolvimento do Estudo da Motivação
Quais os tipos de motivação?
Como prevenir o Efeito Hawthorne?
Chegou a hora de desenvolver as habilidades e competências necessárias para alcançar sua meta: se tornar um grande líder.

Você sabe o que é o Efeito Hawthorne? Entenda como ele impacta na motivação das pessoas

Descubra agora o que é o Efeito Hawthorne, como esse estudo foi realizado e quais foram as conclusões relacionadas à motivação e à produtividade.

Alícia Soares
Por: Alícia Soares
Você sabe o que é o Efeito Hawthorne? Entenda como ele impacta na motivação das pessoas

O Efeito Hawthorne está relacionado à forma como as pessoas reagem à observação, supervisão e manipulação de suas ações por outras pessoas, principalmente as de cargos superiores aos seus.

Ele está diretamente relacionado a como a motivação e outros fatores econômicos e sociais do trabalho impactam diretamente na capacidade produtiva de um trabalhador.

Como você verá a seguir, sentir-se observado pode afetar qualquer tipo de comportamento, até mesmo hábitos de higiene ou alimentares.

Continue a leitura e confira como o Efeito Hawthorne foi aplicado e entenda o porquê dele estar relacionado à motivação e à produtividade a partir dos seguintes tópicos:

  • O que é o Efeito Hawthorne?
  • Como foi a Experiência de Hawthorne? 
  • Quais são as conclusões da Experiência de Hawthorne? 
  • Desenvolvimento do Estudo da Motivação;
  • Quais os tipos de motivação?
  • Como prevenir o Efeito Hawthorne?

Vamos lá!

O que é o Efeito Hawthorne?

O Efeito Hawthorne nada mais é que a reação de produtividade por meio da observação,  julgamento de terceiros e mudanças no ambiente de trabalho.

Dessa forma, ele estuda o comportamento das pessoas quando estão sendo observadas por alguém de cargo superior e qualquer ação pode ser considerada: trabalho, hábitos alimentares, práticas de higiene, entre outras.

Esse efeito mostra como as pessoas se sentem mais motivadas a realizarem suas atividades quando estão sendo observadas por gerentes e coordenadores, resultando em aumento da produtividade.

Entretanto, vale lembrar que vários são os fatores responsáveis por essa motivação, desde econômicos, como bonificações e aumento de salário, até sociais, como sentimento de aprovação, superação e reconhecimento.

Nesse sentido, a experiência mostrou que as mudanças no ambiente de trabalho são peças fundamentais para influenciar o comportamento dos trabalhadores, mas que apesar de todas as alterações, a produtividade é movida pelas relações sociais entre os grupos formados nas empresas e não por fatores fisiológicos.

Além disso, constatou-se que a especialização no trabalho não significa eficiência e os trabalhadores buscam modificar suas funções constantemente para fugir da monotonia.

Como foi a Experiência de Hawthorne? 

A experiência de Hawthorne foi realizada entre 1924 e 1932, pelo Conselho Nacional de Pesquisas dos Estados Unidos, em uma fábrica da Western Electric Company, situada em Chicago, no bairro de Hawthorne.

O trabalho foi coordenado pelo psicólogo, sociólogo e pesquisador de Harvard, Elton Mayo, com o objetivo de relacionar a intensidade da iluminação da fábrica e a eficiência produtiva dos operários.

Buscando findar com a ideia da clássica Administração Científica, caracterizada por um sistema rígido e mecanicista, a experiência de Hawthorne foi executada em quatro fases:

Primeira Fase 

Dois grupos de operários foram escolhidos para observação da capacidade produtiva, realizando o mesmo trabalho em condições idênticas, porém, um grupo trabalhava com iluminação variável e o outro com iluminação constante.

Segunda Fase

Os resultados não foram conclusivos. Logo, o experimento teve etapas seguintes a esse estudo, com cinco funcionárias da sala de montagem de relés de telefone. Foram manipulados vários fatores cotidianos do trabalho, como interrupção de tempo, pagamentos e supervisões.

Essas ações possibilitaram a exploração de outros tópicos como fadiga, acidentes, rotatividade e produtividade, além de chegar à conclusão relacionada aos fatores internos e externos responsáveis pela motivação e pelo aumento da capacidade produtiva.

Terceira Fase

A terceira fase do experimento esteve relacionada a entrevistas realizadas com as mulheres dos estudos anteriores. Os pesquisadores verificaram que as operárias do grupo controle consideravam humilhante a supervisão vigilante e constrangedora.

O Programa de Entrevistas teve o intuito de conhecer as atitudes e os sentimentos dos trabalhadores, considerando as suas opiniões sobre o trabalho e o tratamento recebido. Houve a descoberta da organização informal em solidariedade ao grupo.

Quarta fase

O experimento final teve o objetivo de comparar as relações formais e informais de trabalho com o fator econômico.

Dessa forma, realizaram o sistema de pagamento baseado na produção do grupo, que só poderia ser maior proporcionalmente à produção total. Ao invés de ela aumentar, ela diminuía como forma de solidariedade e de protesto do grupo com os seus superiores.

Confira no próximo tópico quais foram as conclusões da Experiência de Hawthorne.

Quais são as conclusões da Experiência de Hawthorne? 

Elton Mayo concluiu que a intensidade da iluminação da fábrica não era o único fator responsável pela queda de rendimento dos operários, mas sim, fatores psicológicos e sociais.

Os operários passaram a reagir ao fato de estarem sendo observados por experimentadores e, essa consciência levou ao aumento de produtividade. Além disso, a melhoria das condições de trabalho e das relações humanas também foi responsável por esse aumento.

Outras conclusões secundárias da experiência foram:

  • O fator econômico não é o único fator estimulante para a produtividade;
  • As condições de trabalho, a cultura organizacional, o estilo de supervisão, a satisfação no trabalho, a integração do grupo e a liberdade dos colaboradores estão diretamente relacionados à produtividade;
  • As condições físicas são secundárias em relação à produtividade;
  • A especialização de funções aliena e desmotiva cada pessoa operária, a partir do momento que repetições tornam as ações monótonas e ineficientes;
  • Os operários se organizam como equipe no local de trabalho e realizam atitudes como tal. 

O pesquisador Tim Eckmanns coordenou um estudo relacionado à lavagem das mãos entre equipes médicas. Essas quando sabiam que estavam sendo observadas passavam a lavar as mãos 55% mais do que quando não estavam sendo observadas.

Desenvolvimento do Estudo da Motivação

O Efeito Hawthorne mostra como a motivação é importante para possibilitar o aumento da produção no trabalho.

As pessoas que estão motivadas com o trabalho também são mais positivas e entusiasmadas com as suas funções, o que permite o alcance de melhores resultados.

A empresa passa a ser visualizada como uma organização social composta de grupos sociais informais, que definem suas regras de comportamento, sanções sociais, recompensas, crenças e expectativas e as integram na forma de trabalho.

Além disso, a Teoria das Relações Humanas demonstra como essas relações sociais são impactadas pela personalidade e por comportamentos individuais, que criam atmosferas para ações motivadoras e livres por parte dos colaboradores.

Anteriormente, a Teoria Clássica estava relacionada a temas mais rígidos e mecanicistas, levando em conta que a produtividade e a motivação estavam conectados apenas a fatores econômicos.

Quais os tipos de motivação?

A teoria de Frederick Herzberg, psicólogo e professor de gestão empresarial americano, diz que a motivação e satisfação das pessoas no ambiente de trabalho podem ser obtidas de duas formas:

Motivação Extrínseca

Os fatores higiênicos são extrínsecos, ou seja, estão relacionados à empresa, e existem para prevenir a desmotivação. A presença deles não causa motivação, mas a ausência, por outro lado, desmotiva o grupo.

Como exemplo podemos citar o salário, bonificações e benefícios, clima organizacional, política da empresa, entre outros.

Motivação Intrínseca

Já os fatores motivacionais são intrínsecos à pessoa que está ocupando um cargo e às tarefas exercidas. Ao contrário da extrínseca, essa por sua vez é a responsável pela motivação, aumento da produtividade e satisfação com o emprego.

Neste caso, podemos exemplificar: sentimento de superação, realização, reconhecimento, liberdade para realizar o trabalho, etc.

Por isso, vale lembrar também a importância de um líder que mantenha os seus liderados motivados, para obter melhores resultados em uma equipe positiva. Também é necessário identificar o que é responsável por essa motivação para realizá-la, buscando a valorização e o respeito por parte dos líderes.

Um líder deve realizar uma comunicação assertiva, oferecendo feedbackse envolvendo os seus liderados nas decisões que afetam a equipe. Isso resulta em um conjunto homogêneo, que se sente parte da empresa, é engajado e empoderado, trazendo alta performance à célula.

Como prevenir o Efeito Hawthorne?

Para prevenir os efeitos observados nas quatro fases, é imprescindível que a empresa faça uso de incentivos para melhorar o desempenho dos colaboradores, assim como seja adepta à cultura de feedbackspara que eles possam entender no que melhorar no desempenho, além de propiciar a união entre a equipe.

A valorização pessoal também é um ponto que deve ser adotado, visto que os trabalhadores que se sentiram mais valorizados eram mais produtivos.

E não, não estamos falando de apenas aumento do salário ou bonificações, mas também de reconhecimento pelo trabalho realizado, transparência entre as decisões e oportunidade de fala.

Por fim, os líderes devem considerar que os aspectos emocionais também influenciam a produtividade. O Efeito Hawthorne demonstrou bem que, se um colaborador está desanimado e desmotivado, a produção não é realizada com eficiência.

Chegou a hora de desenvolver as habilidades e competências necessárias para alcançar sua meta: se tornar um grande líder.

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Alícia Soares

Alícia Soares

Grad. em Jornalismo na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Redatora de conteúdo em portais esportivos como VAVEL e Planeta Futebol Feminino. Experiência em Comunicação Institucional nas Diretorias de Imagem e de Relações internacionais da UFJF. Atuou como Assessora de Gestão e Estratégia e Consultora de Planejamento e Mídias na Acesso Comunicação Junior. Tem como objetivo pessoal compartilhar conhecimento sobre Organização Criativa e Metodologia Ágil para que as pessoas alcancem maiores resultados e produtividade no estudo e no trabalho.

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