O Lean Six Sigma é uma das metodologias mais famosas e requisitadas no mundo dos negócios, por ser muito eficiente na otimização dos processos produtivos. Ela é responsável por aumentar a produtividade e reduzir a variabilidade na criação de produtos e na prestação de serviços.
Contudo, o que a maioria das pessoas não sabem é que o Lean Six Sigma é a união de duas outras metodologias: o Six Sigma e o Lean Manufacturing. Se você quer entender melhor como tudo isso funciona, confira abaixo os tópicos que abordaremos neste artigo:
Vamos lá?
O Six Sigma é uma metodologia que busca reduzir a variabilidade nos processos produtivos. Dessa forma, é possível aumentar a qualidade do produto e evitar desperdícios durante a sua produção. Esse mecanismo ganhou notoriedade ao ser implementado na General Eletric por Jack Welch (CEO da época) e gerar bons resultados financeiros.
Diferente do que muitos pensam, o Six Sigma não é apenas uma ferramenta que busca a adequação das empresas às normas da qualidade. O foco dessa metodologia está diretamente ligado à satisfação do cliente. Um projeto Six Sigma atua na otimização de processos. Dessa forma, é possível produzir produtos mais padronizados, estáveis e, consequentemente, de maior qualidade.
Para fixar melhor o conceito da metodologia Six Sigma, assista ao vídeo abaixo.
Assistiu? Agora vamos entender o que é o Lean Manufacturing.
O Lean Manufacturing, cuja tradução é manufatura enxuta, é uma filosofia operacional que envolve a análise e redução dos 8 desperdícios Lean na linha de produção. Em outras palavras, essa metodologia visa a eliminação de processos e atividades que não agregam valor para o cliente final.
Por meio da redução de desperdícios e do aumento na eficiência produtiva dos processos, o Lean Manufacturing consegue uma redução significativa no tempo entre o pedido do cliente e a entrega (Lead Time), o que resulta em uma diminuição nos custos da empresa. Além disso, essa metodologia faz uso do conceito de melhoria contínua e da aplicação das 7 ferramentas da qualidade.
Antes de continuarmos com a leitura do artigo, tenho um presente pra você!
Em resumo, a metodologia Six Sigma busca reduzir a variabilidade nos processos produtivos e eliminar os defeitos, aproximando-se dos 99,99966% de perfeição. Enquanto isso, o Lean Manufacturing tem como objetivo o aumento da eficiência produtiva, que pode ser alcançado por meio da eliminação dos 8 desperdícios Lean. Para que você compreenda a diferença entre essas duas metodologias, observe a imagem abaixo.
O Lean Six Sigma nada mais é do que a junção da metodologia Six Sigma à filosofia do Lean Manufacturing. Com o passar do tempo, os consultores que possuíam conhecimento em ambas metodologias perceberam que elas se complementam. Dessa forma, foi possível desenvolver um mecanismo que, ao mesmo tempo que reduz a variabilidade dos processos, aumenta a eficiência produtiva das empresas.
Agora que você entendeu o que é Lean Six Sigma, vamos conhecer as suas 7 principais ferramentas.
Sabe-se que grande parte das empresas utilizam o Lean Six Sigma. Porém, quais são os principais mecanismos utilizados durante o processo de implementação dessa metodologia? É sobre isso que falaremos neste tópico. Separamos e detalhamos as 7 principais ferramentas do Lean Six Sigma. Confira abaixo!
O SIPOC é um diagrama que busca encontrar o escopo de um trabalho, por meio da definição do principal processo que será otimizado durante um projeto. No Lean Six Sigma, essa ferramenta costuma ser utilizada durante a fase de “define” do método DMAIC.
Como visto na imagem acima, o SIPOC é um acrônimo em inglês. Cada uma das letras é referente a uma etapa do processo que está sendo analisado, sendo elas:
Se você tiver interesse em entender um pouco mais sobre o SIPOC, você pode assistir a um de nossos vídeos sobre essa ferramenta no YouTube: Como fazer um diagrama SIPOC para mapear processos?
O Diagrama de IshikawaDiagrama de Ishikawa (Diagrama de Espinha de Peixe) busca otimizar o processo de identificação da causa raiz do problema em questão. Com essa ferramenta, é possível associar o efeito que será estudado com as suas possíveis causas. Por conta disso, também podemos chamá-lo de Diagrama de Causa e Efeito.
Podemos dividir as possíveis causas de um problema em 6 categorias, sendo elas:
O Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta muito visual e foi desenvolvida no Japão na década de 60 por um engenheiro de controle da qualidade chamado Kaoru Ishikawa. Por ser muito eficiente, tornou-se uma das 7 principais ferramentas da qualidade amplamente utilizadas nas empresas.
Ficou interessado no tão famoso Diagrama de Espinha de Peixe e quer conhecer as outras ferramentas da qualidade? Assista ao nosso vídeo no YouTube: Descubra as 7 Ferramentas da Qualidade!
O FMEA (Failure Mode and Effect Analysis) é um mecanismo que permite identificar possíveis falhas e supor quais seriam as consequências caso elas aconteçam. Além disso, essa metodologia pode ser utilizada para identificar quais ações de melhoria possuem maior prioridade e pode ser aplicada tanto em produtos quanto em processos.
O termo Kaizen vem do japonês e significa melhoria contínua. Essa filosofia sugere que devemos estar na constante busca por aprimoramento, seja na vida pessoal ou na vida profissional. O Kaizen foi criado com o intuito de alcançar alguns objetivos, sendo eles:
Gostou? Agora, no próximo tópico, entenderemos o Programa 5s.
O 5s é um programa focado na qualidade que busca melhorar o ambiente de trabalho e aumentar a produtividade de uma empresa. Essa melhoria se dá com base em 5 sensos, sendo eles:
O Ciclo DMAICé uma das principais ferramentas do Lean Six Sigma. A sigla se refere às etapas: Define (Definir), Measure (Medir), Analyze (Analisar), Improve (Melhorar) e Control (Controlar). Como as etapas estão presentes em um ciclo, caso o objetivo estabelecido não seja atingido, recomenda-se voltar ao início. Ou seja, deve-se passar por todas as etapas novamente até atingir a melhoria almejada. Veja mais detalhes abaixo:
O Mapa de Fluxo de Valor é um diagrama que contém todas as etapas envolvidas no fluxo de materiais e informações ao longo do processo para atender as necessidades de compra dos clientes. Esse mapeamento permite encontrar quais atividades não agregam valor, do ponto de vista do cliente, para o produto final e eliminá-las/atenuá-las.
Compreendidas todas as 7 principais ferramentas do Lean Six Sigma, agora vamos conhecer a hierarquia dos profissionais que atuam dentro dessa metodologia, os Belts.
Para que uma empresa consiga implantar o Lean Six Sigma, é necessário que todos os seus colaboradores entendam esse mecanismo. Contudo, funcionários que estão no nível operacional não precisam dominar essa metodologia no mesmo nível que as pessoas que ocupam cargos gerenciais. Diante disso, foram criados os Belts.
Cada belt corresponde a um nível e a um grau de envolvimento com os projetos Lean Six Sigma. Dentre eles, temos:
Se você quer entender como funcionam as certificações Lean Six Sigma, observe os subtópicos abaixo.
A certificação White Belt em Lean Six Sigma é recomendada para aqueles profissionais que executam ações rotineiras e operacionais. Dessa forma, é possível que eles ofereçam suporte em projetos Six Sigma aos funcionários de nível Yellow, Green ou Black Belt.
A certificação Yellow Belt em Lean Six Sigma é recomendada para profissionais que possuem nível tático e atuam prestando suporte aos Green e Black Belts. Esse tipo de profissional não possui tanto aprofundamento na metodologia, mas possuem o conhecimento necessário para utilizar algumas das principais ferramentas do Lean Six Sigma. Devido a isso, estão aptos a desenvolver pequenos projetos de melhoria em sua área de atuação.
A certificação Green Belt em Lean Six Sigma é recomendada para administradores e engenheiros que atuam a nível de supervisão. Possuem um maior domínio da metodologia e dedicam de 20 a 30% do seu tempo a ações de melhoria contínuae a implementação de projetos Lean Six Sigma.
A certificação Black Belt em Lean Six Sigma é recomendada para os profissionais que possuem cargos de liderança dentro da hierarquia de uma empresa. Eles respondem diretamente, ou indiretamente, ao MBB e dedicam 100% de seu tempo à implementação do programa Lean Six Sigma.
A certificação Master Black Belt em Lean Six Sigmaé a mais alta dentro da hierarquia. Sendo o maior responsável pela implementação do programa Lean Six Sigma dentro de uma empresa, o MBB é o profissional que possui o maior domínio da metodologia e é capaz de construir e direcionar as principais estratégias a serem seguidas.
Agora que você conheceu quais são as certificações do Lean Six Sigma, vamos entender como podemos aplicar essa metodologia em uma empresa.
Neste tópico, traremos um exemplo prático que ilustrará como aplicar o Lean Six Sigma em uma empresa. Para isso, vamos supor que você trabalhe em uma cervejaria e que a linha de produção pela qual você é responsável engarrafe cervejas do tipo Pilsen em garrafas de 600 ml.
Além disso, levaremos em consideração os seguintes pontos:
Diante dessas informações, a nossa situação problema é a seguinte:
Em ritmo de fim de ano, um dos principais clientes da cervejaria fez um pedido maior do que o de costume e, para atendê-lo, você precisará aumentar o volume da sua linha de produção de 1.000 unidades por minuto para 1.030 unidades por minuto.
Nesse cenário, como o Lean Six Sigma pode ser útil?
Ao invés de engarrafar uma unidade a cada 0,060 segundos, você terá de fazer esse mesmo processo em 0,058 segundos. Para isso, utilizaremos algumas ferramentas do Lean Manufacturing que serão responsáveis por identificar os 8 tipos de desperdícios na linha de produção e eliminá-los. Dessa forma, será possível aumentar a eficiência produtiva da cervejaria.
Porém, além de produzir mais, temos que manter o nível de variabilidade do processo dentro do aceitável. É nesse momento que utilizaremos a metodologia Six Sigma e a sua principal ferramenta, o método DMAIC. Sendo assim, conseguiremos manter a qualidade do produto e reduzir a variabilidade do processo produtivo.
Agora que você compreendeu tudo sobre o Lean Six Sigma, que tal entender como esses mesmos
conceitos podem ser aplicados na construção de novos produtos? Conheça o Design for Six Sigma!
O Design for Six Sigma (DFSS) é uma metodologia aplicada na construção de novos produtos que visa aumentar o nível de precisão do processo de produção. Se bem aplicado, o DFSS garante que haverá menos de 1 defeito por 1.000 amostras de produtos produzidos, o que equivale ao nível de 4.5 sigmas.
Além de focar na redução dos custos e na melhoria da qualidade das mercadorias, o Design for Six Sigma busca gerar valor para o cliente final por meio de inovações tecnológicas.
O curso de Fundamentos de Lean Manufacturing da Voitto foi pensado para aqueles profissionais que buscam aumentar a eficiência produtiva, eliminando desperdícios.
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Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.
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