Em meio a um cenário de processos lentos e imprevisíveis, Jeff Sutherland e Ken Schwaber desenvolveram uma metodologia que revolucionou a forma de se desenvolver softwares, o Scrum. Porém, essa metodologia se mostrou tão efetiva que, rapidamente, ela se difundiu no mundo dos negócios.
Munindo-se do Manifesto Ágil, o Scrum tornou-se uma das melhores alternativas para o gerenciamento de projetos, trazendo uma maneira muito mais eficiente de gerenciar prazos, estruturar processos e de fazer entregas contínuas, incrementais e de valor agregado aos clientes.
Se você tem interesse nesse assunto e quer aprofundar seus conhecimentos no Scrum, continue com a leitura deste artigo. Abordaremos os seguintes tópicos:
Vamos lá?
O Scrum é um framework criado por Jeff Sutherland e Ken Schwaber que possibilita a otimização no processo de criação e construção de produtos. Inicialmente, ele era utilizado apenas nas indústrias de tecnologia, porém, ele já não se limita a esse mercado.
Com base nos seus princípios e práticas, criados dentro da Metodologia Ágil, o Scrum pode ser utilizado no desenvolvimento de qualquer produto e se tornou uma forma de gerenciamento de projetos.
Além disso, no Scrum, a maneira de construir e entregar o produto é feita de um modo bem diferente do tradicional. No geral, é mais usado em projetos complexos em que é mais difícil um planejamento completo e à frente, mas vamos falar sobre isso daqui a pouco!
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Agora que você já se inscreveu no curso, vamos dar continuidade à nossa jornada de conhecimento sobre essa metodologia que revolucionou o gerenciamento de projetos.
Um framework pode ser entendido como um template onde são disponibilizadas diversas ferramentas que ajudam o programador a criar um fluxo no projeto.
Com uma gama de funções e parâmetros, um framework facilita a resolução de problemas de forma mais personalizada e eficiente. Dessa forma, há um aumento na produtividade do desenvolvedor.
A origem do Scrum é bem interessante! Essa metodologia leva esse nome devido a uma jogada de Rugby e teve sua primeira aparição em um artigo publicado pela The Harvard Business Review, em 1986.
Os autores dessa obra foram Hirotaka Takeuchi e Ikujiro Nonaka e eles a nomearam como "The New New Product Development Game" (o novo jogo de desenvolvimento de novos produtos, em português).
Além de se inspirarem na jogada Scrum do Rugby, essa nova metodologia fez uso de uma abordagem simplificada do Sistema de Planejamento do Programa Faseado da NASA.
Mas não se engane ao achar que o surgimento do Scrum se resume ao processo de unir essas duas abordagens. Em 1955, Ken Schwaber e Jeff Sutherland publicaram um livro com todos os fundamentos da metodologia Scrum, o "Scrum Development Process". Nesse livro, podemos ver a definição do Scrum feita pelos dois autores:
"Scrum é o processo de desenvolvimento de sistemas como um conjunto flexível de atividades que combina ferramentas e técnicas conhecidas e viáveis com o melhor que uma equipe de desenvolvimento pode desenvolver para construir sistemas."
Agora que você conheceu o surgimento do Scrum, vamos entender o porquê de utilizar essa metodologia.
Utilizando o Scrum para produzir, não há necessidade frequente de documentar todos os passos do processo e planejamentos complexos que demoram bem mais do que o necessário.
Com o Scrum, começar a trabalhar no projeto é bem mais rápido, sem perda de tempo. Consequentemente, os custos são reduzidos e a produtividade só aumenta.
Além disso, as etapas são realizadas pouco a pouco, com total participação do cliente. Com a evolução do processo, são entregues os chamados MVP's (Produto Mínimo Viável) ao cliente para apresentar as principais funcionalidades já desenvolvidas.
Dessa forma, o processo é feito com desenvolvimento ágil e de maneira muito mais flexível, possibilitando alterações quando o projeto ainda está em andamento, evitando retrabalho e trazendo total satisfação do cliente ao final.
Outro ponto de destaque são as reuniões propostas pelo Scrum. Elas proporcionam a transparência no planejamento, engajamento de toda a equipe e a visualização de falhas de forma muito mais rápida, como veremos mais à frente.
A rotina de reuniões e os artefatos do Scrum são as duas características mais marcantes dessa metodologia. Neste tópico, falaremos sobre o segundo elemento citado. Antes de prosseguirmos, entenda como artefato um mecanismo construído para se alcançar um determinado objetivo.
Dentro do Scrum, temos 4 mecanismos e, abaixo, iremos analisar cada um deles individualmente.
O Product Backlog é uma lista com todas as ações que devem ser realizadas durante o desenvolvimento de um produto. Essa lista deve estar sempre atualizada e priorizada. Um detalhe importante sobre o Product Backlog é que ele é de total responsabilidade do Product Owner.
Mais à frente, explicaremos o que é um Product Owner (P.O) e qual é a sua função dentro do Scrum. Porém, para fins didáticos, entenda que o P.O vai ser responsável por manter o contato com os clientes e traduzir as suas demandas em atividades que irão compor o Product Backlog.
O Sprint Backlog é uma lista derivada do Product Backlog com todas as ações que devem ser realizadas pelo Scrum Team durante a próxima Sprint.Essa lista é criada durante a Sprint Planning a partir dos itens do Product Backlog com maior prioridade.
O Incremento é a versão do produto que resultou de todas as ações realizadas pelo o Scrum Team durante a Sprint. A análise do incremento é realizada durante a Sprint Review. É nesse momento que ocorrerá uma inspeção minuciosa do que será apresentado ao cliente no final da Sprint.
Por último, mas não menos importante, temos a Definição de Pronto. Esse mecanismo consiste em um documento onde a definição de pronto (DONE) está registrada de forma clara e concisa. Dessa forma, não há divergências na hora de decidir se o incremento está pronto ou não.
Grande parte do sucesso do Scrum advém de sua rotina ágil. É por meio dela que conseguimos manter um fluxo de trabalhoe de entregas incrementais aos clientes. Para que consigamos entender o funcionamento de todos os eventos que compõem a rotina do Scrum, devemos ter em mente que tudo gira em torno da Sprint.
A Sprint é o intervalo de tempo, que pode variar de 1 a 4 semanas, onde o Scrum Team estará desenvolvendo incrementos potencialmente entregáveis no produto. Dessa forma, é possível manter uma entrega constante de valor aos clientes.
Um outro ponto importante a ser levado em consideração, é o fato da construção do Product Backlog anteceder todos os eventos que serão citados abaixo.
A Sprint Planning ocorre antes do início de cada Sprint e é a reunião onde serão escolhidas todas as atividades do Product Backlog que serão realizadas durante sua duração. Todos os membros dos Scrum Team auxiliam no planejamento e na definição das metas a serem atingidas.
A Daily Scrum é uma reunião diária e de curta duração. Geralmente, as equipes tentam encerrar essa reunião em até 15 minutos. Ela tem como objetivo atualizar todo o Scrum Team com as informações mais recentes e identificar possíveis gargalos.
A forma mais comum de se conduzir essa reunião consiste em responder 3 perguntas, sendo elas:
Dessa forma é possível manter o time alinhado às metas da Sprint, além de auxiliar na construção do cronograma de atividades individuais a serem realizadas nas próximas 24 horas.
A Sprint Review é uma reunião que ocorre no fim de cada Sprint e tem como objetivo testar e inspecionar a entrega incremental do produto. É um momento onde a equipe compartilhará todos os itens do Backlog que foram concluídos e poderão, assim, receber feedbacks.
A Sprint Retrospective é um momento onde toda a equipe se reúne para avaliar o que deu certo e o que deu errado durante a Sprint. Dessa forma, é possível criar um ambiente de melhoria contínua onde todos os membros possam entender o que deu certo e o que pode ser feito melhor da próxima vez. Não é um momento para apontar erros e defeitos!
Até o momento, você entendeu todos os mecanismos e todas as cerimônias do Scrum. Agora, você descobrirá quem é quem e quem faz o que nessa metodologia.
Dentro do Scrum, temos apenas 3 funções, sendo elas: Scrum Master, Product Owner e Scrum Team. É importante lembrar que não existe uma hierarquia dentro dessa metodologia. O importante é que cada membro cumpra com suas obrigações. Somente dessa forma o resultado poderá ser alcançado. Abaixo, detalharemos cada uma dessas funções:
O Scrum Master é a pessoa que terá como responsabilidade gerenciar todos os processos presentes dentro do Scrum. Ele será responsável por garantir que todos os membros participem dos eventos e façam bom uso dos artefatos.
O Scrum Master também será responsável por identificar e remover obstáculos que possam impedir o bom desempenho do Scrum Team. Além disso, ele deverá ensinar, educar e corrigir todos os membros da equipe, para que estes mantenham-se cumprindo os alinhados aos conceitos do Scrum.
O Product Owner é a pessoa responsável por fazer a ponte entre o mercado, os clientes e o Scrum Team. Ele possui o conhecimento do que precisa ser feito para desenvolver o produto e se encarrega de priorizar e registrar todas essas ações no Product Backlog. Embora o P.O entenda o que precisa ser feito, ele não sabe como executar a parte técnica.
O Scrum Team é composto por todos os profissionais técnicos capazes de executar as ações necessárias para desenvolver um produto. Um time de desenvolvimento deve ter quantos membros forem necessários para lidar com as demandas de um projeto, contudo, é preciso ficar atento a um time muito grande, visto que mais profissionais do que o necessário podem atrapalhar o andamento das entregas. O ideal seria manter o Scrum Team com 3 a 9 membros.
Agora que você conhece os artefatos, eventos e cargos do Scrum, você facilmente entenderá como aplicá-lo. Fizemos uma sequência de passos que devem ser seguidos ao utilizar essa metodologia, como você pode ver abaixo:
Em resumo, são esses passos que devem ser seguidos durante a aplicação do Scrum para gerenciamento de projetos. Como prometido, te expliquei o funcionamento do Scrum e todos os conceitos que fazem parte dessa metodologia. Porém, agora eu quero te fazer uma pergunta.
Graduanda em Engenharia Mecatrônica no Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais. Participou de estudo voluntário na parte de programação, aprofundando no ambiente de desenvolvimento integrado Code Composer Studio (CCS). Bolsista nos projetos "Estudo do Processamento de Sinais de Sensores Aplicados à Navegação de Veículos Autônomos" e "Construção de um robô móvel de baixo custo baseado em Sistema Operacional de Robôs (ROS)", durante um ano. Possui certificação nos cursos de Produção de Conteúdo Web e Marketing de Conteúdo. Estagiária na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto.
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