Temas presentes nos debates sobre o futuro das organizações, a transformação digital e a sustentabilidade caminham mais juntas do que imaginamos.
A preocupação com mudanças climáticas e ambientais suscitou uma série de campanhas de conscientização e práticas efetivas, gerando a cada dia mais interesse pela sustentabilidade digital.
Esse conceito abrange amplas discussões, estudos e ações que visam a substituição das energias poluentes por recursos renováveis, como a energia solar e eólica.
No entanto, a conversa se estende a outros horizontes e cria questionamentos sobre o legado que estamos deixando às futuras gerações.
Outro ponto que também é levantado é sobre a ação das organizações junto aos governos com o objetivo de transformar comunidades e a sociedade.
Considerando que a preocupação com causas socioambientais pelas empresas vai além do marketing, preparamos este artigo para mostrar a real importância da sustentabilidade digital, as práticas de gestão que coincidem com a proposta e quais são os passos necessários para essa remodelação organizacional. Confira!
Vamos lá?
As conversas em prol da sustentabilidade são relativamente recentes no mundo globalizado. Mais especificamente, elas partem da Conferência de Estocolmo em 1972, na qual os principais líderes se reuniram para propor soluções em defesa da biodiversidade como forma de reduzir as súbitas alterações no clima.
Entrava em pauta o desenvolvimento sustentável, onde aspectos como a emissão de gases poluentes, o desmatamento e a falta de equilíbrio na exploração dos recursos naturais e minerais poderiam trazer consequências graves para o futuro do planeta.
No final do século XX, a chegada da internet inovou o comportamento do ser humano na sociedade e no trabalho, e foi apenas questão de tempo para a transformação digital acontecer.
Com os avanços tecnológicos e a quarta revolução industrial, a virtualização se intensificou e os recursos automatizados substituíram antigos processos, facilitando a relação do homem com a máquina, tornando a produção e entrega mais ágeis e eficientes.
Da mesma maneira, a preocupação com o meio ambiente também se intensificou em uma nova era, fomos apresentados ao conceito da sustentabilidade digital, que norteia diversas corporações na atualidade.
A ideia da sustentabilidade digital leva adiante a proposta do crescimento responsável, pensando em alternativas para o uso de combustíveis fósseis, na economia de energia, na redução de poluentes e na criação de uma conscientização coletiva.
A aplicação da sustentabilidade digital dentro das empresas acontece primordialmente em duas frentes: na elaboração de uma infraestrutura que assimile as diretrizes do conceito (responsabilidade social, econômica e ambiental) e na participação e incentivo a projetos que façam a real diferença na cadeia produtiva.
Ou seja, não se trata apenas do apoio e da divulgação de ações, mas sim representar uma postura sustentável de acordo com as regulações do seu setor de atuação. Além de comprovar os princípios firmados no compliance e na resposta aos consumidores sobre o compromisso assumido em respeitar o meio ambiente.
Naturalmente, a sustentabilidade digital foi ganhando mais espaço dentro das corporações com a implementação da automação, o que aumentou a conexão entre equipamentos e trouxe a praticidade no exercício das atividades mais rotineiras.
A otimização dos recursos virtuais trouxe benefícios para as companhias, mas uma outra preocupação foi pontualmente levantada: a poluição digital.
No ambiente digital, a emissão de gases e o consumo exacerbado das energias não é tão visível quanto outras áreas que extraem diretamente sua matéria-prima da natureza.
Por exemplo, para manter uma rede de sistemas e programas no ar, é preciso de diferentes equipamentos que consomem uma grande quantidade de eletricidade, isso sem falar nas condições de regulagem das temperaturas dos equipamentos.
Porém, é difícil pensarmos que simples atos como o envio de um email pode ser altamente poluente. O pesquisador Mike Berners-Lee, especializado na pegada de carbono (quantidade da substância que é exposta), analisou a emissão em decorrência do disparo de mensagens virtuais e o resultado foi surpreendente.
Segundo Mike, os data centers foram responsáveis por 130 milhões de toneladas de CO2e na atmosfera em 2010, equivalente a 0,25% do total global. Avançando para 2015, as simples pesquisas no Google resultaram em 40% das emissões de dióxido de carbono relacionadas à internet.
O mais impressionante disso tudo é que o número se assemelha a quantidade do gás emitida pela indústria da aviação. Ou seja, o uso da internet também está afetando os efeitos climáticos naturais.
Por conta dessa preocupação, as empresas de tecnologia, como a própria Google, avançaram as conversas sobre o uso de fontes de energia renováveis - como a solar e a eólica - com o objetivo de reduzir o impacto no efeito estufa.
As grandes disrupções e tendência costumam emergir no mundo dos negócios após períodos de instabilidade e crise. Isso não foi diferente na pandemia da covid-19. Ao mesmo tempo que a retomada vem sendo feita com cautela pelas organizações, muitas delas embarcaram de vez na onda tecnológica.
De acordo com o relatório Approaching the Age Of Performance elaborado pela consultoria global AVEVA em setembro de 2021, 85% das empresas planejam expandir a transformação digital nos próximos três anos.
A busca por esses recursos também abrange a sustentabilidade digital, já que 92% dos participantes reconhecem a importância das ações na área para a preservação da natureza e 89% está comprometida a combater os efeitos das mudanças climáticas.
Outros pontos relevantes que indicam uma mudança de postura da empresas são:
A discussão da sustentabilidade digital envolve diretamente o planejamento estratégico das empresas, que buscam pela análise de dados e desenvolvimento de suas equipes, novos métodos para ampliar seus negócios e ao mesmo transformar o ambiente de trabalho e a forma como nos relacionamos com a natureza.
No cenário nacional, a sustentabilidade digital é percebida como essencial para a sobrevivência dos negócios. Na pesquisa feita pela Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial), as ações em prol da sustentabilidade se dividem em quatro áreas:
Ao mesmo tempo, o potencial do assunto também é percebido como uma fórmula para se aproximar do público e reforçar a imagem institucional. De acordo com a pesquisa, 74% das empresas adotam a sustentabilidade como forma de ampliar a reputação.
Isso amplia a discussão para o campo do consumo ideológico, no qual as empresas buscam se aproximar de causas socioambientais com a intenção de formação de comunidade ou mesmo apenas com a intenção de lucrar com o assunto, uma prática mal vista, também conhecida como washing.
Esse termo diz respeito às organizações que transmitem um discurso fantasioso, em prol da sustentabilidade e na defesa dos recursos ambientais, mas que não é comprovado na prática.
Você sabe o que é um planejamento estratégico? Ele se refere a um processo sistêmico que permite definir o melhor caminho a ser seguido por uma organização, para atingir um ou mais objetivos, dentro de um contexto previamente analisado.
Provavelmente você já ouviu falar bastante sobre isso, não é mesmo? Porém, sabemos que nem sempre é fácil gerenciar todo esse planejamento, então, pensando nisso criamos um planilha que pode te ajudar!
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Como indica a nomenclatura, o ESG é um conjunto de valores que indicam como as empresas podem se desenvolver de maneira sustentável, com responsabilidade às causas sociais e evitar corrupções internas.
A sustentabilidade digital pode ser enxergada com um dos grandes grupos envolvidos nos princípios do ESG, não somente pelo viés ambiental, mas pelo impacto social que ela proporciona.
Por esse aspecto, a divulgação da sustentabilidade digital é vista como atrativa para investidores, justamente por ter um encaixe com o comportamento e posicionamento de novos grupos consumidores, como a Geração Z.
Atualmente, as ações de proteção ambiental, de incentivo à diversidade e equiparação entre os gêneros evoluíram para o patamar de posicionamento institucional, o que provoca engajamento identitário não somente nas campanhas de marketing, mas também no ingresso dos profissionais mais jovens no mercado de trabalho.
O relatório “Construindo Nosso Futuro”, conduzido pela Eureca em parceria com a Davos Lab, mostrou que 84,9% dos jovens desejam que tanto as organizações privadas quanto as públicas devem assumir a responsabilidade por padrões de ética sociais, ambientais, de governança e de tecnologia.
Esses anseios também demonstram a vontade que o novo público - em contexto geracional - tem de transformar a conjuntura social na qual está envolvido e procura meios de atuar em empresas que visam um futuro mais sustentável.
Como vimos ao longo deste artigo, a sustentabilidade digital é um tema de grande importância no contexto atual do universo corporativo.
Mais que um conjunto de ideias, ela é praticamente uma filosofia institucional, que deve ser lembrada nos principais passos gerenciais, do planejamento ao fluxo produtivo.
Por isso, separamos elementos fundamentais para incorporar a sustentabilidade digital pouco a pouco na sua organização.
A pluralidade é uma característica dos tempos modernos e cada colaborador possui sua individualidade e ideologias.
Por isso, as empresas que desejam incorporar a sustentabilidade aos seus valores precisam, além de promover ações efetivas em prol do ideal, capacitar o quadro de profissionais acerca do tema.
Isso deve ser feito de maneira orgânica, apresentando os pilares da sustentabilidade digital em apresentações ou reuniões com naturalidade e incentivar a busca pelo aprofundamento no tema, com indicações de materiais, treinamentos e práticas diárias que exemplificam a amplitude do assunto.
Com essa ambientação gradual e coletiva, os profissionais se sentirão mais à vontade para sugerir novas propostas relacionadas ao tema, levando os preceitos adiantes.
Falar de energias renováveis ou ecológicas suscita diversas conversas sobre a facilidade de acesso a tais recursos, que muitas vezes ficam em segundo plano.
Sendo assim, é válido que as empresas compreendam o cenário com maturidade, delegando responsabilidades para entender de maneira efetiva com transportar a ideia para a ação.
O estilo de vida mais orgânico pode ser adotado nas empresas, com o apoio a organizações e entidades da região, fortalecendo a comunidade local também é uma forma de praticar a sustentabilidade.
O cuidado com a infraestrutura também faz parte da sustentabilidade digital. Afinal de contas, reparos e manutenções elétricas e hidráulicas, troca de equipamentos e até mesmo a escolha das cores da tinta geram economia de energia, tornando a empresa mais amigável.
Na última década, empresas e startups de economia compartilhada cresceram e se tornaram tendência mundo afora.
Empresas como a Collective Tools e Driver Seat investem nesse modelo administrativo. Também podemos lembrar dos escritórios de coworking, que ajudaram a redesenhar os formatos de trabalho.
Em um momento em que a flexibilidade no trabalho está em alta, é válido reforçar que a criação de uma cultura colaborativa entre duas empresas pode resultar em bons negócios.
Com a parceria certa, ambos empreendimentos podem desenvolver uma rede de serviços com benefícios para todos, como os sistemas de navegação e armazenamento de arquivos na nuvem.
A integração de espaços físicos e digitais resulta na redução de custos. Melhor: com o aproveitamento dos recursos, é possível criar campanhas conscientizadoras e promover a sustentabilidade digital com os clientes e stakeholders.
A gestão à vista passou a ser um modelo necessário nas empresas atuais, principalmente se o objetivo delas é alcançar o engajamento e viabilizar a colaboração entre equipes.
A realização desse método administrativo se consolida com a transparência dos dados e dos resultados, com as lideranças compartilhando suas propostas abertamente em seus posicionamentos ou por meio de ferramentas que conectam informações, pessoas e tarefas em um só lugar.
O gerenciador de tarefas é uma das ferramentas que possibilita essa integração, com o armazenamento de documentos, o acompanhamento do fluxo de trabalho e a mensuração dos indicadores de produtividade e capacidade com praticidade e agilidade.
O Runrun.it, software de gestão de projetos, proporciona aos seus usuários a conexão entre empresas e clientes, recursos automatizados que estimam os prazos de entrega, estabelecem a priorização das atividades e garantem a segurança da proteção dos documentos e projetos no ambiente virtual.
Além disso, a plataforma possui integrações com mais de 500 sistemas, facilitando a análise de relatórios, a criação de cronogramas de trabalho e o follow-up dos clientes de maneira online, tornando a sua empresa mais próxima da sustentabilidade digital.
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