O que são Indicadores Financeiros?
Qual a importância dos Indicadores Financeiros?
Quais são os tipos de Indicadores Financeiros?
9 principais Indicadores Financeiros
Como analisar os Indicadores Financeiros?
Continue desenvolvendo os seus conhecimentos!

Entenda o que são os Indicadores Financeiros e o que eles significam!

Entenda melhor com esse artigo sobre os 9 tipos importantes de Indicadores Financeiros e como eles auxiliam na gestão financeira empresarial.

Thiago Coutinho
Por: Thiago Coutinho
Entenda o que são os Indicadores Financeiros e o que eles significam!

Os Indicadores Financeiros são métricas utilizadas para avaliar o desempenho financeiro de uma empresa ou organização.

Quando falamos em gestão financeira, uma das primeiras coisas que nos vem à mente são os indicadores financeiros, não é mesmo?

Afinal de contas, para medir a saúde financeira de uma empresa ou mesmo analisar a viabilidade de um investimento, é necessário olhar para esse indicadores.

Existem vários indicadores para chegar a esses dados e, nesse blog, já falamos de alguns deles.

Então, para facilitar sua vida, resolvi fazer um compilado com alguns dos indicadores financeiros mais importantes, com uma breve explicação sobre cada um deles e também o link para o respectivo artigo completo.

Alguns são indicadores de desempenho, outros retornam resultados como lucro líquido e liquidez corrente. Então, se você quer saber quais são esses indicadores financeiros e para que eles servem, fique ligado!

Nesse artigo nós trabalharemos os seguintes tópicos:

  • O que são Indicadores Financeiros?
  • Qual a importância dos Indicadores Financeiros?
  • Quais são os tipos de Indicadores Financeiros?
  • 9 principais Indicadores Financeiros;
  • Como analisar os Indicadores Financeiros?

O que são Indicadores Financeiros?

Os indicadores financeiros são métricas de performance calculadas por meio dos resultados obtidos do DRE (Demonstrativos de Resultado do Exercício).

É de grande importância para transmitir informações necessárias em uma analise do negócio e para uma futura tomada de decisão dentro da empresa ou por investidores externos.

Quando olhamos para o ambiente de investimentos os indicadores são essenciais, pois auxiliam na tomada de decisão sobre qual o melhor investimento a se fazer, servindo como um guia para se encontrar os investimentos que irão proporcionar maior lucro possível.

Qual a importância dos Indicadores Financeiros?

Os indicadores financeiros são importantes para avaliar o desempenho financeiro de uma empresa e tomar decisões estratégicas com base nesses dados. Eles ajudam a medir a rentabilidade, a liquidez, a solvência e a eficiência financeira da empresa.

Esses indicadores são fundamentais para entender como a empresa está gerando receita, como está gastando seu dinheiro, quais são seus níveis de endividamento e qual é o retorno que ela está gerando para seus investidores.

Com essas informações, os gestores podem identificar oportunidades de melhoria, ajustar a estratégia da empresa e tomar decisões informadas para garantir o sucesso financeiro do negócio.

Quais são os tipos de Indicadores Financeiros?

Quando analisamos os indicadores financeiros é possível classificá-los em 5 categorias. Acompanhe abaixo:

Indicadores de lucatrividade

O indicador de lucratividade aponta o quanto a empresa teve de lucro em um determinado período de tempo. Isso é possível, pois ele relaciona dados do DRE (Demonstrativo do Resultado do Exercício) com a receita líquida da empresa, que nada mais é do que a receita gerada por vendas.

Indicadores de rentabilidade

Indicadores de rentabilidade revelam o lucro da empresa em relação a receita gerada por vendas, capital, investimentos e ativos em geral.

Além disso, esses indicadores estão ligados à rentabilidade e lucratividade do negócio em um determinado período de tempo.

Indicadores de estrutura de capital

Os indicadores que analisam a estrutura de capital tem como principal objetivo avaliar a capacidade de crescimento sustentável e analisar o índice de endividamento do negócio.

A partir dessa avaliação, é possível responder se o negócio será capaz de gerar dinheiro suficiente para arcar com os juros.

Indicadores de liquidez

O indicador de liquidez é capaz de analisar a viabilidade do orçamento do negócio. Essa análise responde se a organização conseguirá cumprir com seus compromissos no tempo estimado, que geralmente são de curto prazo.

Indicadores de atividade

Por último, mas não menos importante temos o indicador de atividade.

Ele é usado para medir o tempo estipulado para que as contas sejam transformadas em vendas ou capital de caixa.

A seguir veremos quais são os principais indicadores financeiros para você ficar de olho.

9 principais Indicadores Financeiros

Abaixo estão os 9 principais indicadores financeiros:

1. Margem bruta

A margem bruta é um indicador financeiro usado para medir o quão rentável é um negócio, por meio de valores percentuais de lucro bruto, sendo este a diferença entre receita e despesa.

Esse indicador de lucratividade mostra o quanto um negócio ganha ao vender um produto ou serviço depois dos descontos de despesas de produção e vendas.

Por exemplo: você vende um serviço e obtém uma receita total de R$70,00, porém, para colocá-lo no mercado você precisa gastar R$30,00, isso significa que o seu lucro bruto é de R$40,00. Veremos um exemplo abaixo:


Exemplo: A fórmula para calcular esse indicador é a seguinte:

Margem bruta = lucro bruto/receita total x 100.

Margem bruta = 40/70 x 100.

Margem bruta = 57,14%.

2. EBIT

EBIT é a sigla em inglês para Earnings Before Interest and Taxes, que em português ganha o nome de "Lucro Antes dos Juros e Tributos" com a sigla LAJI.

Esse é outro indicador de lucratividade que inclui apenas lucros operacionais, ou seja, sem incluir despesas ou receitas financeiras.

Para ficar mais claro pense que as vendas geradas por produtos ou serviços contam com recursos de aplicações financeiras, juros de capital próprio, entre outros rendimentos operacionais do negócio.

Sua importância se dá para o público de investimento, pois ele mostra o real potencial do negócio. Ou seja, esse indicador não contabiliza as receitas obtidas por atividades financeiras.

Com o uso desse indicador é possível demonstrar apenas o lucro gerado por operações realizadas pela atividade principal do negócio.

3. ROI

O ROI, ou Retorno sobre Investimento, é um indicador de rentabilidade que, como o próprio nome já diz, traz como resultado o retorno obtido a partir de um investimento feito, mostrando assim se tal investimento é rentável ou não.

Podendo ser calculado de duas formas, uma simples e outra complexa, a análise desse indicador diz que quanto maior ele for, melhor o investimento, e maior o retorno obtido.

Assim, é possível identificar onde há maior lucro e onde podem ser implantadas melhorias para aumentar o ROI.

Porém, há que se ter cuidado ao usar o ROI, pois ele possui algumas deficiências, como sua incapacidade de analisar a duração do projeto a longo prazo, a inflação e a sazonalidade.

Assim, é essencial ter cuidado ao fazer uso desse indicador, para não ser guiado em uma interpretação errada dos dados obtidos.

Seguindo essas orientações, esse indicador pode ajudar e muito na saúde financeira e na rentabilidade da empresa, ajudando principalmente na identificação de pontos de melhoria.

4. Payback

O Payback é um indicador de rentabilidade que nos diz o tempo decorrido até que o lucro líquido de um investimento se iguale ao valor investido. É um indicador fácil de ser calculado e fornece uma ideia do grau de liquidez e de risco de um projeto.

Por isso, é um bom indicador para tempos de instabilidade do mercado financeiro, principalmente em projetos com vida limitada, visto que ele pode não ser muito adequado para projetos muito longos, pois não considera o fluxo de caixa após o ano de recuperação.

Existem dois tipos de Payback, o simples e o descontado. Devido ao fato de o Payback simples não considerar o valor do dinheiro no tempo e por não respeitar a equivalência entre taxas, matemáticos o consideram incorreto.

Para isso, existe o Payback descontado, que faz uso de uma taxa de desconto de acordo com o interesse do investidor. Essa taxa geralmente é a Taxa Mínima de Atratividade, que é estipulada de acordo com o ganho que o investidor deseja receber.

Dessa forma, no Payback descontado, todas as parcelas do fluxo de caixa terão essa taxa de desconto definida com base em um período específico, tornando os resultados mais confiáveis.

5. VPL

O VPL (Valor Presente Líquido) é definido como sendo o valor presente de pagamentos futuros descontando uma taxa de custo de capital.

Ou seja, projetamos quais serão os fluxos de caixa associados a um investimento, e então trazemos esses retornos para o presente, para quanto esse dinheiro vale hoje.

Sendo um indicador financeiro de rentabilidade de viabilidade econômica de um projeto, o VPL se destaca por confiabilidade e praticidade. Sua análise é bem simples, sendo um projeto considerado viável se obtiver VPL positivo e inviável, caso contrário.

Um ponto muito positivo do VPL é que ele considera o valor do dinheiro, pelo uso da taxa de desconto. Essa taxa de desconto é a TMA, Taxa Mínima de Atratividade, que é o retorno mínimo que o investidor deseja obter no projeto.

Por isso, o VPL é bastante utilizado para gerar fluxo de caixa.

Mas como você pode estar pensando, uma dificuldade no uso do VPL é projetar os fluxos de caixa futuros com precisão, atividade que exige conhecimento de vários parâmetros e outros indicadores financeiros.

Alguns outros cuidados necessários dizem respeito ao tempo de duração do projeto e o valor do investimento inicial, pois projetos longos e com alto valor de capital investido tendem a apresentar um maior VPL, podendo levar a uma interpretação equivocada, pois podem existir outros projetos mais viáveis.

6. EBITDA

O EBITDAé um dos mais conhecidos indicadores financeiros, sendo bastante utilizado pelos investidores no mercado de ações por fornecer uma informação de qualidade acerca da rentabilidade de uma empresa.

EBITDA significa Earns Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, que significa Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, sendo por isso também chamado de LAJIDA.

Logo, esse indicador financeiro representa quanto a empresa gera de caixa de fato, informação muito importante para a análise de investimentos a serem feitos nessa determinada empresa. Assim, é possível saber se a empresa tem capacidade de pagar suas dívidas.

Ao retirarmos os juros, impostos, depreciação e amortização, estamos retirando aquilo que não afeta de forma direto o fluxo de caixa.

Isso nivela mais as empresas, principalmente a nível internacional, onde diferentes leis tributárias e formas diferentes de se calcular a depreciação e amortização tornam um comparativo entre empresas desigual.

Entretanto, há que se ter muito cuidado na análise do EBITDA, pois muitas empresas mascaram resultados negativos através de um EBITDA positivo.

Por exemplo, embora a depreciação e a amortização não afetem de forma direta o fluxo de caixa da empresa, elas podem influenciar consideravelmente no resultado final da empresa.

Isso acontece principalmente em empresas que possuem muitos ativos imobilizados, como imóveis e máquinas. Portanto, uma análise do EBITDA de forma isolada demonstraria uma rentabilidade que a empresa, de fato, não possui.

7. TIR

A TIR (Taxa Interna de Retorno) é mais um indicador financeiro usado para medir a viabilidade econômica de um investimento.

Ela está diretamente ligada ao VPL, pois é a taxa de desconto necessária para fazer com que ele seja zero, porque quando o VPL atinge zero significa que tudo que foi investido retornou.

Assim, a TIR avalia qual o percentual de retorno de um projeto. Certo, mas como saber se o percentual de retorno encontrado é bom ou não? Para isso, a TIR é comparada com a TMA e, se for maior, o investimento é classificado como viável. Geralmente, há mais fatores envolvidos também.

A TIR deve ser entendida como a taxa de crescimento esperado de um projeto. Costuma ser empregado em conjunto com o VPL para obter uma imagem mais clara do valor gerado pelo investimento.

Esse uso conjunto ajuda a prevenir alguns equívocos relacionados com a interpretação da Taxa Interna de Retorno. Um projeto pode ter uma TIR mais baixa, mas um VPL alto, o que significa que ele gera ganhos de forma lenta e constante, o que adiciona valor à empresa.

Assim, mais uma vez, é necessário ter cuidado na interpretação desse indicador, o que evita cair em armadilhas. É por isso que um bom investidor nunca olhará para um indicador financeiro isoladamente, mas sempre o analisará em conjunto com outros.

8. ROA

O ROA é o Retorno sobre Ativos, ou seja, a capacidade de uma empresa de gerar lucros a partir dos ativos. Dessa forma, esse indicador de rentabilidade mede se a empresa está ganhando ou perdendo dinheiro com seu estoque, maquinário, imóveis, investimentos, entre outros.

Quanto maior for o Lucro Operacional da empresa, maior será o ROA. Esse indicador financeiro é muito usado em comparativos com outras empresas, principalmente as de capital aberto, porque é muito útil para os acionistas para ver a eficiência da empresa em converter ativos em dinheiro líquido.

Dessa forma, esse indicador é muito útil para medir o Grau de Alavancagem Financeira. Assim, para aumentar esse indicador, a empresa deve focar em aumentar o Lucro Operacional ou diminuir os ativos, o que não é a melhor opção para quem busca crescimento.

9. Índice de Lucratividade

O Índice de Lucratividade (IL) mede, como o nome já diz, a capacidade de uma empresa de gerar lucro, podendo ser aplicado também a uma área específica da empresa. Através desse indicador financeiro, é possível saber se as estratégias adotadas pela empresa estão funcionando ou não.

Assim, se o IL > 1, significa que há lucro, pois para uma quantidade investida, o retorno é maior. Portanto, de forma simplista, quanto maior o IL, melhor.

Algumas das vantagens desse indicador são que ele considera o valor do dinheiro no tempo e também leva em conta projetos com desembolso constante. Um ponto negativo é que o cálculo pode vir a se tornar bastante complexo.

Como analisar os Indicadores Financeiros?

Os indicadores financeiros podem ser analisados de diferentes formas, dependendo dos objetivos e necessidades de cada empresa. No entanto, existem algumas etapas básicas que podem ser seguidas:

1. Identifique os indicadores financeiros relevantes 

Antes de analisar os indicadores financeiros, é importante identificar quais são os mais relevantes para a empresa e seu setor de atuação. Alguns exemplos comuns incluem o fluxo de caixa, o lucro líquido, a margem de lucro, o retorno sobre o patrimônio líquido, entre outros.

2. Compare os indicadores com referências externas

Para entender se os indicadores financeiros da empresa são bons ou ruins, é importante compará-los com referências externas, como outras empresas do setor, médias do mercado ou benchmarks.

3. Analise as tendências dos indicadores

Além de comparar os indicadores com referências externas, é importante analisar as tendências ao longo do tempo. Isso permite identificar se os indicadores estão melhorando ou piorando e quais são as principais causas dessas mudanças.

4. Identifique os pontos fortes e fracos

Ao analisar os indicadores financeiros, é importante identificar os pontos fortes e fracos da empresa. Isso pode ajudar a orientar as decisões e investimentos futuros.

5. Tome medidas para melhorar os indicadores

Após identificar os pontos fracos, é importante tomar medidas para melhorar os indicadores financeiros da empresa. Isso pode envolver mudanças nas estratégias, investimentos em novos projetos ou ações para reduzir custos.

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Thiago Coutinho

Thiago Coutinho

Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.

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