As etapas de produção em uma empresa podem variar entre diversos métodos, dentre eles temos a produção puxada e empurrada. O primeiro foca nos processo produtivo baseado em uma previsão da demanda, ou seja, ele produz uma quantidade específica, já o segundo produz conforme a estipulação da demanda.
Ainda não ficou claro? Continue a leitura e entenda mais. O intuito é entender as diferenças entre produção puxada e empurrada para fazer com que o gestor aumente a produtividade, reduza estoques e a falta de produtos, e além disso, é claro, reduzir seus custos operacionais.
Afinal, é em momentos de crise é que surgem as oportunidades de inovar, por isso focar em otimizar e entender os processos de produção é cada vez mais importante para quem quer potencializar seus ganhos.
Aqui neste artigo, você vai encontrar os conceitos de produção puxada e empurrada, suas definições e diferenças e as principais vantagens e desvantagens de cada uma delas.
Ficou interessado? Veja o que discutiremos durante o texto:
Produção empurrada, do inglês “push system” é um processo produtivo planejado baseado em uma previsão da demanda (MRP, ordens de produção), onde cada processo produz uma determinada quantidade independente do consumo do processo seguinte.
Achou complicado? Calma que vou explicar em detalhes. A produção empurrada é um dos modelos de produção clássicos que teve origem na Revolução Industrial. Sua base é fundamentada para que, na linha de montagem, cada item seja produzido e empurrado para a próxima etapa.
Esse tipo de produção é caracterizado por produzir, estocar e só então vender o estoque aos clientes. Ela é recomendada para empresas que precisam de quantidade de produtos, que não têm interferência de sazonalidade, como a indústria de bebidas, por exemplo.
Para manter o processo de produção empurrada, é necessário grande eficiência dos gestores, pois se houver superprodução vai ser necessário estocar ou caso seja produzido menos do que o consumo vai gerar insatisfação no fornecimento.
A produção puxada ou do inglês “pull system” é um sistema de produção onde cada ciclo da fabricação “puxa” a etapa do processo anterior, na qual a ordem de produção sai a partir da demanda dos clientes para só então ser produzida.
Desse modo, diferente da produção empurrada, aqui é levado ao pé da letra o conceito de produção "Just in Time", ou seja, o modo de produzir é realizado de forma a entregar ao cliente o que ele precisa, na quantidade e na hora que ele deseja. Ao tempo decorrido desde o pedido pelo cliente até a entrega final do produto ou serviço, chamamos de Lead Time.
Desse modo, em uma produção puxada, só existe produção se houver demanda, tornando desnecessário o uso do MRP para as etapas da produção. Então, o controle do estoque na produção puxada é feito pelo operador Kanbanque fica responsável pelo gerenciamento das demandas.
Para explicar de forma rápida, o Kanban é usado de forma que cada processo receba instantaneamente a informação exata da quantidade necessária para ser produzida conforme o fluxo puxado solicitado.
Agora, consegue imaginar qual seria esse modelo de produção que busca combater desperdícios e trabalha de forma puxada? Se você pensou no Lean Manufacturing, acertou! Também conhecido como Sistema Toyota de Produção (STP), é um dos principais sistemas de produção puxados usados no mundo todo.
Com os sistemas produtivos surgiu a necessidade de amenizar os desperdícios relacionados com estoque e assim foram criados os primeiros sistemas MRP, criado por Joseph Orlick. Abaixo vamos entender melhor como eles funcionam.
O MRP, do inglês “Material Requirement Planning”, significa Planejamento da Necessidade de Materiais. É um sistema de planejamento e controle de uma linha de produção, que na produção empurrada é utilizado para atender as necessidades de fornecimento dos materiais.
Ele é usado para definir os materiais necessários, suas quantidades e o tempo certo que devem ficar disponíveis durante a produção. Tudo isso relacionado à matéria prima e a composição do produto.
Já deu para ter noção que todo intuito das metodologias hoje em dia é visando eficiência em cada etapa dos processos, evitando desperdício e assim gerando mais lucro para as empresas.
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Todos os sistemas naturalmente têm pontos fortes e fracos e a produção puxada e empurrada não seria diferente. Para elucidar melhor as duas metodologias, vamos comparar alguns pontos-chaves para facilitar o entendimento da melhor aplicação de cada produção:
A produção empurrada foca em encomendas e requer prazos ao estabelecer uma compra, algo muito utilizado em e-commerce e principalmente em produtos artesanais. Já a puxada funciona muito em varejo e atacado com lojas presenciais, onde o produto se encontra disponível na hora.
Sendo assim, para responder esta questão, você tem que conhecer bem seu negócio e se perguntar o seguinte: você precisa de produtos a pronta entrega?
Se sim, focará na produção empurrada, senão, na puxada!
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Grad. em Ciências Exatas pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Foi bolsista de Robótica e Educação Matemática no Colégio de Aplicação João XXIII. Diretor de Gestão da Qualidade no Ramo Estudantil IEEE UFJF. Possui certificação de Especialista em Growth, Black Belt em Lean Six Sigma, Scrum Master pela Voitto e Product Management pela PM3. Especialista em SEO, ex-coordenador do blog da Voitto, gosto de quebrar paradigmas e desafiar limites usando a tecnologia e a comunicação.
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