A Indústria 4.0traz conceitos para as fábricas atuais que, de maneira geral, otimizam e potencializam os processos convencionais. Os robôs autônomos são um desses conceitos.
Os pilares que sustentam essa indústria são tecnologias que podem ser usadas separadamente, de acordo com a necessidade de cada empresa.
Uma das mais utilizadas são os robôs autônomos, que já vem sendo empregado em várias funções, dentro e fora das fábricas. Apesar da robótica não ser novidade, na Indústria 4.0 ela possui novas habilidades e funções.
Mas você sabe o que são robôs autônomos?
Transformers, R2-D2, C3PO, T-800 (O Exterminador do Futuro). Provavelmente você já viu robôs nos filmes de ficção, mas eles já estão presentes na vida real há algum tempo.
Fora dos filmes, os robôs autônomos são estruturados de acordo com o nível de autonomia desejado, dependendo da função que precisam cumprir.
Basicamente, eles precisam captar dados do ambiente que estão, trabalhar sem a interferência humana, realizar sua auto-manutenção, se deslocar entre pontos sem navegação humana e substituir o trabalho humano em situações de perigo.
Na Indústria 4.0, os robôs autônomos possuem também a capacidade de "aprender sozinho" (conseguem ganhar novas habilidades sem ajuda externa) e reformularem sua estratégia de acordo com o ambiente em que estão.
Além disso, eles conseguem interagir com outras máquinas e realizar tarefas de forma mais rápida e segura, resultando na redução de custos.
Trabalhando na Indústria 4.0, os robôs autônomos precisam ser capazes de realizar muito bem algumas habilidades, focando em 3 delas:
Como o próprio nome diz, os robôs autônomos precisam ter autonomia! É necessário que eles tomem conta de si mesmos. Encontrar um lugar para se carregar ou até mesmo trocar suas próprias pilhas são umas das principais características. Os mais avançados conseguem se auto-carregar.
A propriocepção é baseada na sensação da condição do robô. Eles conseguem perceber como sua estrutura está no momento, se está molhada, desequilibrada, com algum defeito e inclusive se está em perigo.
O principal objetivo dos robôs autônomos é realizar tarefas que são perigosas, repetitivas ou até mesmo inviáveis para o ser humano. No chão de fábrica, os robôs podem ser utilizados na movimentação e carregamento de produtos, na linha de produção e outros trabalhos pesados.
É essencial que os robôs autônomos tenham um bom sistema de localização e façam o mapeamento do local em tempo real. Nas indústrias, são muito utilizadas fitas guias para que os robôs autônomos possam seguir seu caminho de um ponto a outro e reconhecer seus locais de parada.
Tanto para a localização quanto para as outras habilidades, são instalados sensores, lasers e câmeras nos robôs autônomos para auxiliar no cumprimento das atividades.
A aplicação dos robôs autônomos é vista em grandes empresas, podendo ter aplicações no que conhecemos como logística 4.0, como acontece na Amazon. De acordo com Tye Brady, chefe de tecnologia da empresa, em uma entrevista ao MIT Technology Review, "Quando se tem dezenas de milhares de pedidos sendo feitos online simultaneamente, você começa a precisar de algo além do que um humano pode fazer".
Caminhar quilômetros por dia para encontrar produtos é uma tarefa repetitiva para os seres humanos. Por isso, mais de 100 mil robôs autônomos já circulam nos galpões realizando esses trabalhos de maneira bem mais eficiente.
A Amazon tem mais de 500 mil funcionários que realizam um trabalho essencial para a empresa e que não podem ser substituídos por robôs. Brady ainda menciona um caso em que um pote de manteiga caiu da bandeja e se espalhou no chão os robôs reconheciam o item mas não sabiam o que fazer, acabavam escorregando e gerando um código de erro.
Fora das indústrias também se encontram aplicações para os robôs autônomos. Nos Estados Unidos, na cidade de São Francisco, eles estão sendo utilizados para combater o crime e patrulhar lotes de estacionamento, arenas esportivas e campus de empresas de tecnologia.
Para continuar o avanço na área, as pesquisas vêm crescendo cada vez mais. A empresa Nvidia, que é referência na área de desenvolvimento de tecnologias relacionadas com inteligência artificial (IA), apresentou dois produtos na Computex 2018: Nvidia Isaac e a Jetson Xavier.
Eles são uma plataforma de desenvolvimento e um computador de IA, respectivamente. Ambos foram criados para serem usados em robôs autônomos.
"IA, em combinação com sensores e atuadores, vai ser o cérebro da nova geração de máquinas. Um dia, existirão bilhões de máquinas inteligentes (no mundo)" afirma o CEO da Nvidia, Jensen Huang.
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Graduanda em Engenharia Mecatrônica no Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais. Participou de estudo voluntário na parte de programação, aprofundando no ambiente de desenvolvimento integrado Code Composer Studio (CCS). Bolsista nos projetos "Estudo do Processamento de Sinais de Sensores Aplicados à Navegação de Veículos Autônomos" e "Construção de um robô móvel de baixo custo baseado em Sistema Operacional de Robôs (ROS)", durante um ano. Possui certificação nos cursos de Produção de Conteúdo Web e Marketing de Conteúdo. Estagiária na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto.
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