Análise dos Modos de Falha e Seus Efeitos ou FMEA (do inglês Failure Mode and Effects Analysis) é uma ferramenta que permite elevar exponencialmente a confiabilidade de processos e produtos, por meio da identificação, hierarquização e prevenção as falhas em potencial de um produto ou processo.
De uns anos pra cá, essa nova dimensão da qualidade vem sendo cada vez mais utilizada de forma estratégica por organizações, ultrapassando aquele antiquado conceito de ser somente garantia de pós-venda.
Nos dias atuais, quando umcliente deseja efetuar uma compra, além dos costumeiros preços de venda, qualidade percebida e prazo de entrega, ele também busca saber sobre a confiabilidade do produto que está adquirindo, como um notável fator para ser levado em consideração, antes da tomada de decisão.
Neste artigo, conheceremos os tipos de FMEA, o passo a passo para o preenchimento do documento e vamos contar para você qual a relação entre essa ferramenta e o Lean Seis Sigma. Então, ative seu modo leitura e vamos começar!
O FMEA é um método de análise adotado para compreender e analisar todas as possíveis chances de um processo falhar e, como consequência, obter efeitos indesejáveis.
Com a utilização do FMEA é possível corrigir potenciais falhas em produtos e processos, além disso, é uma ferramenta que ajuda a aumentar a confiabilidade e o rastreamento das ações necessárias para a o alívio dos riscos.
Através da identificação de todos os modos de falha, os responsáveis pelo processo podem promover a implementação de soluções que ao menos minimizem os efeitos gerados por estes problemas.
Esta ferramenta analítica é elaborada e revisada, na maioria dos casos, por meio do preenchimento manual de uma matriz no próprio Excel, apesar de já existirem sistemas informatizados que possibilitem a revisão instantânea.
Para seguir com sua aplicação, é necessário identificar qual dos três tipos de análise FMEA deverá ser adotado. Confira a seguir:
Como o próprio nome sugere, este tipo de FMEA considera para análise os modos de falha e seus efeitos em todas as etapas de um processo produtivo, independente se é novo ou já em operação.
Isto é, com base na execução de cada sequência de atividades dentro do processo, possibilidades de falha são discutidas e pontos de melhoria implantados.
Ao contrário do primeiro caso, este tipo de FMEA - também conhecido como FMEA de projeto - considera para análise os modos de falha e seus efeitos em todas as funções de um produto ou projeto, seja ele novo ou já existente.
Ou seja, por meio da definição de cada uma destas especificações, os responsáveis podem discutir quais as possíveis falhas que podem ocorrer no atendimento a cada um destes requisitos.
Assim como o FMEA de processo, este tipo de FMEA também considera todas as etapas de um processo, só que desta vez administrativo, seja ele também novo ou já existente.
Por abranger variáveis e peculiaridades muito distintas, a aplicação desta ferramenta sugere que antes seja identificado qual o tipo de processo pertinente: produtivo ou administrativo.
Siga o guia a seguir para preencher o formulário de análise FMEA com excelência:
Aqui deve ser registrada a informação da descrição do processo ou produto que será analisado.
Nesta etapa, se for uma análise FMEA de processo, deverá conter todas as etapas do processo se for uma análise FMEA de produto, deve conter todas as funções do produto.
Perante cada uma das etapas do processo ou dos requisitos de produto, a equipe envolvida na aplicação do FMEA deverá anotar todas as ocorrências já obtidas em cada especificação, assim como também discutir todos os demais potenciais modos de falha que ainda não ocorreram.
Com base em cada modo de falha registrado no formulário, os responsáveis deverão agora inserir quais os efeitos gerados por meio destas falhas. Cada um destes efeitos deverão ser pontuados no que se refere a Severidade desta ocorrência emergir.
Os participantes deverão discutir as causas que provocam o surgimento de cada falha.
5 Porquês e o Diagrama de Espinha de Peixe são algumas das ferramentas que facilitam esta identificação. Depois disso, cada uma destas causas deverão também ser pontuadas, agora no que se refere a sua Ocorrência.
Cada causa que foi identificada na etapa anterior deverá ser analisada no que se refere ao seu nível de Detecção, ou seja, descobrir se existem e quais são as medidas de prevenção e controle já adotadas para eliminar ou ao menos conter cada uma das causas.
A multiplicação das pontuações obtidas perante Severidade, Ocorrência e Detecção irá gerar um resultado que informará a equipe quais os principais problemas que devem ser atacados primeiro: quanto maior este risco calculado, maior a necessidade de resolução imediata.
Depois de conhecer e priorizar quais as causas por falha que deverão ser solucionadas, os participantes poderão agora discutir as soluções para eliminar estas causas, ou ao menos controlá-las. Ferramentas como o Brainstorming podem ajudar.
Definidas as soluções que serão implantadas, um plano de ação deverá ser elaborado, contendo a descrição da solução, o responsável pelo cumprimento e o prazo limite para finalização.
Com as ações de melhoria identificadas e implementadas, os responsáveis se reúnem novamente para emitir um novo risco calculado e, assim, se informarem do quanto houve realmente de progresso na aplicação desta ferramenta.
O aumento da confiabilidade de um produto através do FMEA é conquistado antes por meio da identificação e posteriormente pelo combate de cada uma das principais causas que interferem no desempenho do processo.
Ou seja, empregar um processo de análise FMEA dentro da metodologia Lean Seis Sigmaé uma excelente alternativa para atingir com ainda mais exatidão os objetivos deste programa, que busca acima de tudo a melhoria contínua de desempenho, não é verdade?
A seguir listamos 5 motivos para utilizar o FMEA em conjunto com o Lean Seis Sigma. Confira:
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Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.
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